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Atriz comemora indicação: "Indicação ao Globo de Ouro é um reflexo do sucesso do filme no Brasil"

joaonetolucioj

Em entrevista ao 'Estúdio i', atriz celebrou sua indicação ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz e a indicação de 'Ainda Estou Aqui' ao prêmio de Melhor Filme de Língua Não-Inglesa.


Fernanda Torres foi indicada ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz em Filme (Drama) por seu trabalho como a personagem Eunice do filme "Ainda Estou Aqui". O anúncio aconteceu na manhã desta segunda-feira (9). O filme também concorre ao prêmio de Melhor Filme de Língua Não-Inglesa.


Fernanda Montenegro com Fernanda Torres: mãe e filha já foram indicadas ao Globo de Ouro.
Fernanda Montenegro com Fernanda Torres: mãe e filha já foram indicadas ao Globo de Ouro.

Em entrevista exclusiva para a jornalista Andréia Sadi, no 'Estúdio i', Fernanda celebrou sua indicação e a do filme brasileiro ao prêmio, 25 anos após sua mãe, Fernanda Montenegro, também concorrer na mesma categoria, com "Central do Brasil".


Segundo a atriz, a indicação é fruto do sucesso e do impacto no Brasil do filme, que retrata o período da ditadura militar no país.


"Estou muito feliz que muita gente nova esteja pensando o que é viver numa ditadura por causa desse filme, porque não entendia, porque cresceu na democracia e acha que é de graça. Ditadura é um negócio pesado, é um negócio muito ruim. (...) Estou muito orgulhosa da cultura e da arte do Brasil, e de as pessoas estarem tão orgulhosas da nossa cultura, da nossa música, da nossa literatura, do nosso cinema e dos atores. O Brasil vale muito a pena”, disse a protagonista.


Depois do prêmio de melhor roteiro no Festival de Veneza, diversos elogios da imprensa estrangeira, e algumas exibições disputadas na Mostra de SP, a obra estreou no país em 7 de novembro como a maior chance de indicação nacional ao Oscar em mais de duas décadas.


Com roteiro de Murilo Hauser e Heitor Lorega, a obra se baseia no livro de memórias para contar a história da mãe do escritor, Eunice Paiva.


Com a interpretação de Torres, o público acompanha a transformação da protagonista — uma dona de casa dos anos 1970, mãe de cinco filhos — em uma das maiores ativistas dos Direitos Humanos do país após o assassinato do marido, o ex-deputado Rubens Paiva (Mello), pela ditadura militar.

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